Canhão
Número de registro
15907
Descrição
Culatra decorada com gomos e pontos. Na faixa alta da culatra, a inscrição "MICHAEL BVRGUEHVYS ME F 1629". Ouvido com grão de ferro e sinais de ter sido ladeado por dois suportes para pranchada. No primeiro reforço, a inscrição "MIDDLEBURCH" e o brasão da Companhia das Índias Ocidentais Holandesa (Letras "GWC").
Uso terrestre. Material bronze, cal. 159 mm (30 lb.), Comp. total 319 cm, Larg. 62 cm, comp. 303 cm, Calibres 18.
Denominação
Canhão
Autor
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 24/1927
Local de produção
Classe
Data de produção
1629
Termos de indexação
ARSENAL DE GUERRA | BATALHA MONTE DAS TABOCAS | COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS | GUERRAS HOLANDESAS | HOLANDA | INVASÕES HOLANDESAS | PERNAMBUCO
Largura (cm)
62,00
Comprimento (cm)
319,00
Observações
Fundido para a Companhia das Índias Ocidentais em 1629, este canhão é do tipo normalmente associado à defesa e ao ataque a fortificações, devido a seu elevado calibre (30 libras).
A Companhia das Índias Ocidentais da Holanda foi uma organização comercial criada em 1621 e que tinha autorização para criar, recrutar e manter forças militares próprias. Invadiu o Brasil em duas ocasiões - em 1625 na Bahia e, de 1630 a 1654, na região compreendida entre os atuais estados de Alagoas e Maranhão. Composta de diversos acionistas dos Países Baixos, privados e públicos, entre eles se contavam as províncias da Holanda, Groninga e Zelândia.
Sua sede regional na Zelândia encontrava-se na cidade de Midelburgo, e, pelo seu contrato de criação, esta província era obrigada a fornecer alguns navios artilhados e equipamento para as tropas da Companhia, sendo este canhão, possivelmente, uma das bocas de fogo feitas de acordo com as cláusulas do contrato.
Com a expulsão dos holandeses, diversos canhões ficaram no Brasil como troféus, dentre os quais podemos incluir com quase toda a certeza esta peça. Consta que ela participou da batalhas de Taborda, informação, porém, que não pode ser confirmada em fontes documentais. Trazida do Recife em 1865 para ilustrar as guerras holandesas na capital do Império, esta mudança gerou protestos em Recife. Em 1927, foi transferida do Museu Naval para o MHN.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021.
Autoria das fotos
Jaime Acioli