Bússola
Número de registro
420
Descrição
Forma quadrangular, caixa de madeira, com alças laterais, tendo nos lados opostos pequenos pedaços de madeira, deslizantes, com um losango no centro, cada um. No interior, caixa menor, sobre hastes de metal oscilantes, internamente oitavado e cobertura em cristal. Parte central, círculo com a rosa dos ventos, triângulos metade rosa e ocre, intercalados por riscos na cor ocre. Circundando, friso com a inscrição: "Em (...)nambuco. A. 1770. Joze. Teyxya. AJ e j" (Jozé Teixeira a fez em Pernambuco em 1770). Ao redor, curvas em ocre, tendo entre si, um triângulo metade vermelho e amarelo. Acima, flores estilizadas através de folhas, ora vermelhas, ora azuis, intercaladas por triângulos afilados vermelhos e amarelos. Sobre uma das flores, mão segurando uma flor azul. Circundando o conjunto, ângulos variando de 10º em 10º. No centro, agulha de metal com pontos de ferrugem. Laterais de madeira, fundo branco, tendo em três lados decoração de uma flor estilizada, com pétalas vermelhas e azuis, intercaladas por pétalas amarelas, e pistilo vermelho.
Peça com estojo quadrante.
Denominação
Bússola
Autor
Técnica
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 18/1932
Local de produção
Data de produção
1770
Termos de indexação
BRASIL COLÔNIA | COLÔNIA | INSTRUMENTO NÁUTICO | NAVEGAÇÃO | PERNAMBUCO
Altura (cm)
19,00
Largura (cm)
34,30
Comprimento (cm)
32,50
Revisado?
Sim
Autorização de uso
Fonte revisada
Sim
Imagem em altíssima resolução?
Observações
De acordo com Heloisa Gesteira (2022), esta poderia ser uma bússola portuguesa, fabricada em Pernambuco, devido à padronização da forma de graduar os instrumentos com o objetivo de facilitar o compartilhamento de dados coletados entre cosmógrafos e pilotos, como as tabelas de declinação do Sol. Em Portugal, desde o século XVI, a divisão do círculo da borda passa a ser marcada de cinco em cinco graus, subdividindo-se em quatro partes de 90º. A marcação inicia com o "o" nos pontos Norte e Sul e vai até 90 nos pontos Leste e Oeste. A agulha de marear servia para apontar rumos, auxiliar na feitura e nos ajustes das cartas náuticas e determinar a declinação do Sol em cada dia do ano. A agulha não aponta para o Norte geográfico, mas para os polos magnéticos. Assim, as leituras do rumo devem ser corrigidas em função da declinação magnética e da declinação do Sol (determinação da latitude).
Poucos dados acerca do fabricante José Teixeira.
Peça transferida do Museu Naval, quando de sua extinção pelo Decreto nº 20.946, de 14/06/1932.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
ALBUQUERQUE, Luis de. "A náutica e a ciência em Portugal: notas sobre as navegações". Lisboa: Gradiva, 1989. | GESTEIRA, Heloisa Meireles. Agulha de marear. In: "Histórias do Brasil: 100 objetos do Museu Histórico Nacional (1922-2022)". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2022. | GESTEIRA, Heloisa. O astrolábio, o mar e o Império. In: "História, ciências, saúde-Maguinhos", v. 21, p. 1011-1027, 2014. | PIMENTEL, Manoel Serrão; PIMENTEL, Luis Serrão. "A arte de navegar...". Lisboa: Oficina de Miguel Menescal da Costa, 1762.
Autoria das fotos
José Caldas