Muito provavelmente, este canhão peça de campanha feito para Portugal foi reutilizado no Brasil logo após a Independência, podendo isso ser visto pela coroa e pela letra "P" gravados de forma rústica no segundo reforço, uma forma de individualizar a peça como sendo do Reinado de Pedro I. Outro dado que se pode observar é que, apesar do sistema Gribeauval já estar em pleno curso na França desde 1765 e na maior parte dos países europeus logo após esta data (ver peça nº 15888), este canhão ainda apresenta algumas características arcaicas, não podendo ser caracterizado como um canhão moderno.
Era uma das peças que tinham permanecido no Arsenal de Guerra até a sua transferência para o Caju, em 1922, quando foi incorporada ao acervo do Museu Histórico Nacional.
Número 8 do antigo inventário do Pátio Epitácio Pessoa.
Fabricação: fundidor H. R. Kinman. A família Kinman produzia canhões desde 1763, tendo uma fundição em Londres registrada como em atividade entre 1799 e 1825. Era fornecedor das forças armadas inglesas, sendo praticamente o único da iniciativa privada a fabricar bocas de fogo de bronze para aquelas forças.
