Canhão
Número de registro
15904
Descrição
Culatra plana, com cascavel pisciforme, servindo de anel do vergueiro. Na faixa alta da culatra, as seguintes inscrições: "32 Q 6 LS" e a letra "S". Ouvido com inserção de ferro e indícios de ter tido duas saliências laterais para colocação de uma pranchada. No primeiro reforço a inscrição: "D. PEDRO PACHECO MARQS DE CASTRO FVERTE DEL CONSEIO DE GVERA CAPITAN GL DE LA ARTILA" e "DON PHELIPPE 4 REY DE SPANA", brasão Habsburgo com o brasão português inserido. No segundo reforço, golfinhos pisciformes e marca de impacto de bala.
Uso possivelmente naval. Material bronze, cal. 138 mm (20 lb.), Comp. total 305 cm, Larg. 58 cm, comp. 291 cm, Calibres 20.
Denominação
Canhão
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 24/1927
Local de produção
Classe
Data de produção
[1621-1666]
Termos de indexação
ARMAS | ARSENAL DE GUERRA | ESPANHA | FELIPE IV DA ESPANHA | GUERRA DA RESTAURAÇÃO | GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA | GUERRA DO PARAGUAI | MARINHA ESPANHOLA | PORTUGAL | SEGUNDO REINADO | UNIÃO IBÉRICA
Largura (cm)
58,00
Comprimento (cm)
305,00
Observações
Observa-se, no primeiro reforço do canhão, o brasão usado na Espanha durante a União das Coroas Ibéricas. A união das coroas deu-se entre 1580 e a Guerra da Restauração da coroa portuguesa, em 1640. Deve-se observar, contudo, que a guerra prosseguiu até 1666, levando-nos a estabelecer esta última data como limite superior para a fabricação deste canhão.
Seu calibre é de 20 libras, ou seja, era um canhão de grosso calibre, apropriado para uso em fortalezas, cercos ou em baterias principais de navios.
Conjectura-se que tenha vindo do Paraguai, após a Guerra de 1865-1870, ou mais genericamente de uma das campanhas do Sul, não havendo porém informação documental que comprove este fato. O estudo do canhão nos permite afirmar que ele participou de pelo menos uma ação de combate, pois apresenta uma marca de impacto de bala de canhão no primeiro reforço.
Foi um dos canhões transferidos do Museu Naval para o MHN em 1927, recebendo o número 28 no antigo inventário do Pátio Epitácio Pessoa.
Fabricação: Com nome do Capitão General da Artilharia Pedro Pacheco, Marques de Castro Fuerte (?).
Referências expográficas
Referências bibliográficas
CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. Inventário Geral. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1990.
Autoria das fotos
Jaime Acioli