Canhão
Número de registro
299842
Descrição
Tubo alma troncônico, sem moldura que define os reforços, pequeno desnível logo após os munhões. Na bolada, próximo da boca, há uma moldura, com o liso do bocel mantendo a conicidade da peça até o bocel, que é composto por segmentos cilíndricos de diversas dimensões. No tubo alma, observa-se o brasão de armas de Portugal, uma esfera armilar e o monograma "F.R.C.". Dentro da letra "R", observa-se a letra "O" em menor escala. Na parte posterior, vê-se a caixa da culatra, em forma de paralelepípedo, regular.
Uso naval. Material bronze, cal. 40,00 mm, Comp. total 161,00cm, Larg. 21,00cm
Denominação
Canhão
Autor
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 187/2014
Local de produção
Classe
Data de produção
[1530-60]
Termos de indexação
ARMAS DE PORTUGAL | BRASIL COLÔNIA | BRASÕES | CANHÃO DE BERÇO | MINAS GERAIS | PORTUGAL | TECNOLOGIA | TRANSPORTE MARÍTIMO
Altura (cm)
17,00
Largura (cm)
21,00
Comprimento (cm)
161,00
Peso (g)
60.000,00
Observações
De acordo com José Neves Bittencourt (2022), esta peça, morfologicamente, é da classe das colubrinas (canhões longos e finos), cuja fabricação teve início no século XV e se encerrou no século XVII. Na segunda metade do século XVI, Portugal já dominava a técnica de fundição de canhões de bronze, e as inscrições de elementos gráficos nessa peça indicam que ela seria anterior a 1580. Arma para uso em navios ingleses, instalada em forquilhas, presa na amurada de navios ou em fortalezas, ela podia ser rapidamente carregada.
De propriedade real portuguesa, conforme demonstra a coroa real sobre esfera armilar na culatra da colubrina, a peça parece ter sido cedida a um particular que participou da exploração da terra encontrada por Pedro Álvares Cabral, tendo, assim, provavelmente chegado no Brasil no século XVII já como armamento obsoleto. Tendo participado de um naufrágio séculos atrás, por algum caminho desconhecido a peça foi encontrada em uma residência privada na Pampulha, em Belo Horizonte/MG, nos anos 2010, a partir de um mandado judicial executado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Na ocasião a peça era usada como vaso de plantas.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
BITTENCOURT, José Neves. Peça de artilharia portuguesa. In: "Histórias do Brasil: 100 objetos do Museu Histórico Nacional (1922-2022)". Rio de Janeiro: MHN, 2022. p. 40-43. | IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Superintendência do Iphan/RJ - Parecer n° 94/2012/Cotec/ Iphan-RJ assinado por Adler Homero Fonseca de Castro | MANUCY, Albert. "Artillery through the ages: a short illustrated history of cannon...". Washington, D.C. National Park Service/United States Government Printing Office, 1956. Disponível em: . | REGALADO, Jaime Ferreira. Primórdios da artilharia naval na Angra do Heroísmo: Berços em ferro forjado do século XV. In: "Atlântida – Revista de Cultura". Tomo LXV-2020. Disponível em: .
Autoria das fotos
Jaime Acioli - de 299842i a 299842l