Cartela
Número de registro
6300
Descrição
Placa retangular, em mármore, moldura em relevo sugerindo folhas de acanto. Ao centro, reserva em elipse irregular contendo a inscrição: "INSPECTOR/ CAPM. DE M. E GUERRA/ Rodrigo Theodoro de Freitas/ 1850".
Denominação
Cartela
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Não identificada
Local de produção
Data de produção
1850
Termos de indexação
ARSENAL DE MARINHA DO MATO GROSSO | MARINHA DO BRASIL | MATO GROSSO | MATO GROSSO DO SUL | RODRIGO TEODORO DE FREITAS | RODRIGUES DA COSTA | SEGUNDO REINADO
Altura (cm)
63,00
Largura (cm)
94,00
Comprimento (cm)
6,00
Observações
Pedra com o nome de um inspetor da marinha, datada de 1850, atribuída ao Arsenal de Marinha de Mato Grosso.
Este Arsenal de Marinha, situado no atual estado do Mato Grosso do Sul, teve suas origens por volta de 1825, quando se iniciou a construção de seis canhoneiras destinadas à defesa do Rio Paraguai. Inicialmente, sediado em Cuiabá, foi elevado à categoria de Arsenal em 1860, sendo que 14 anos depois foi transferido para Ladário, cidade onde se encontra até os dias de hoje, atuando na manutenção da flotilha do Mato Grosso.
Arsenais de Marinha do Brasil - considerações:
A indústria naval no Brasil data do período colonial, tendo se iniciado com a fabricação de navios de pequeno porte, próprios para a navegação de cabotagem.
O primeiro impulso para incentivar esta indústria deu-se com a criação do Governo Geral, momento em que vigoraram incentivos para aqueles que fabricassem navios de maior porte. Colonos recebiam os mesmos incentivos que vigoravam na Metrópole.
Tomé de Souza trouxe os primeiros artífices para construção naval e foram estes que deram origem ao corpo técnico do primeiro estaleiro governamental do Brasil - a ribeira das naus em Salvador, Bahia. Apesar disso, somente em meados do século XVII é que se desenvolverá a industria naval de grande porte no Brasil. Posteriormente, além do estaleiro da Bahia, serão criados arsenais no Pará, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, além de outros de menor porte, todos pertencentes ao Estado. O arsenal do Rio de Janeiro, no século XIX, viria a se tornar o principal do país.
Após a Independência, durante o Período Regencial, os arsenais que mantiveram maior atividade foram os da Bahia, do Rio de Janeiro e de Pernambuco. Porém, a grande redução dos efetivos das forças armadas ocorrida após 1831 levará a profundas modificações na organização da indústria militar no país. Com a consolidação do Estado Imperial, a situação retornará a uma relativa normalidade, mas alguns dos arsenais nunca se recuperarão totalmente, desaparecendo ao longo dos anos.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
BRASIL - Ministério da Marinha, Comando Naval de Ladário - Serviço de Relações Públicas. Histórico das instalações de marinha em Mato Grosso I e II (das instalações a atualidade). | CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | MAIA, Prado. A marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império (tentativa de reconstituição histórica). Rio de Janeiro: José Olympio, 1965. | VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. A indústria naval e militar no Brasil através do tempo. Revista Marítima Brasileira. 4o. trim. 1980.
Autoria das fotos
Jaime Acioli