Traje "russo do Turquestão".
Inscrições: no verso "1882"; "E.b."; "84"; entre outras.
Informações que constam em fichas presentes nos dossiês de outras peças do mesmo conjunto, incluindo as fichas do Museu de Indumentária de Sophia Jobim Magno de Carvalho:
"Traje precioso de tecido 'cachemire' confeccionado no próprio Turquestão Russo. Cinto trabalhado em Tula na Rússia ao sul de Moscow, feito em prata adamascada sob fórmula secreta de seus fabricantes."
"Vasta região da Ásia Central situada entre a Sibéria ao norte, Tibet, Índia e Afeganistão ao sul, a oeste, pelo mar Cáspio e a leste pela Mongólia e o deserto de Gobi. A parte do Turquestão situada nos planaltos da alta Ásia, este, constitue o Turquestão Oriental, chinês, ou Sin-Kiang; A parte oeste, russa, e que se aplica geralmente o vocábulo Turquestão, faz parte das repúblicas socialistas soviéticas do Uzbekistan, Turkmenistan, Kazakhstan, Kinghizia (Kirghizstan) e Tajikistan. A sua população compõem-se de iranianos, Tradjignes ou turco-mongóis (Kirguizes, Iartos, Turcomanos, Uzbeques), na sua maioria muçulmanos, uns nômades, outros sedentários."
"Os principais habitantes do Turquestão russo, situado ao norte do Afganistão e da India que foi inglesa e a sudeste do mar Caspio, se chamam sartos. Corre por suas veias não só o sangue dos povos indo-germânicos como o de muitas outras raças que eles conquistaram e que habitavam sucessivamente seu território. Os batchas são rapazes dançarinos, uma instituição peculiar da Asia Central. Estes rapazes, escolhidos por sua beleza e aspecto feminino, percorrem as cidades em grupos de dez ou doze, sob as ordens de um diretor ou empresário que os contrata para divertir o público com suas danças. Usam o cabelo longo, raspado um pouco na frente, o que lhes dá um aspecto de meninas. Vestem túnicas de cores brilhantes e largas calças embutidas em altas botas de couro e cobrem suas cabeças com gorros altos, bordados.
"Bibl. Meakin, Annette M. B. Turkestan - Costumbres Del Universo (Montaner y Simón - Barcelona - MCMLV)"
