Retrato (pintura) (miniatura)
Número de registro
6221
Descrição
Retrato de busto de homem jovem, ligeiramente voltado para a direita. Rosto comprido, faces coradas, testa larga. Cabelos curtos, castanhos, com entradas pronunciadas. Olhos azuis e nariz fino. Boca pequena, lábio superior saliente e carnudo. Sobrancelhas finas, castanhas. Bigode e mosca ralos na mesma cor. Orelha direita visível. Pescoço comprido envolto em "fraise" branca. Couraça metálica cinza com detalhes dourados. Fita vermelha sustentando insígnia não aparente. A tiracolo, no ombro direito, fitão vermelho. Fundo escuro. Moldura retangular em madeira escura, lisa, envernizada. Parte interna proeminente com abertura ovalada, guarnecida de friso de metal dourado e vidro de proteção.
Denominação
Retrato (pintura) (miniatura)
Título
Sebastião de Portugal
Autor
Técnica
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Anais do Museu Histórico Nacional (1940)
Local de produção
Data de produção
[156-]
Termos de indexação
BATALHA DE ALCÁCER-QUIBIR | BRASIL COLÔNIA | CATOLICISMO | DINASTIA DE AVIS | DOM SEBASTIÃO | FAMÍLIA REAL PORTUGUESA | IGREJA CATÓLICA | MESSIANISMO | RELIGIÃO CATÓLICA | RETRATO DE CORTE | RIO DE JANEIRO | SEBASTIANISMO
Altura (cm)
26,00
Largura (cm)
24,00
Observações
Jacqueline Hermann (2022) sugere que este retrato em miniatura de D. Sebastião seria uma possível cópia anônima de gravura a buril do francês Guillaume François Laurent Debrie, de 1737, a partir de desenho do português Francisco Vieira de Matos (1699-1783). "Vieira Lusitano" foi pintor da corte de D. João V, cujo reinado foi marcado pela expansão das artes em Portugal e pela valorização de artistas e escolas estrangeiras. Os retratos de corte eram, até então, praticamente inexistentes em Portugal e, sob influência do reinado de Luís XIV da França, tornam-se uma expressão artística do "retrato retórico" da realeza, mais do que uma representação individual ou física do retratado.
Hermann levanta a hipótese de que o retrato de D. Sebastião possa ter sido encontrado pelo pintor paulista José Wasth Rodrigues em Minas Gerais, durante as expedições patrocinadas por Ricardo Severo nos anos 1910-1920, com o objetivo de resgatar uma arquitetura originalmente brasileira no interior do país, que serviria de base para o estilo neocolonial. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e diversas outras localidades no interior do Brasil partilhavam da espera sebastianista desde o século XVI, e que perdurou até o século XIX, segundo relatos de viajantes estrangeiros.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
ARAÚJO, Maria Augusta. Gravadores estrangeiros na corte de D. João V. In: "Actas do III Congresso Internacional da APHA". Porto, 2004. | Catálogo da exposição "Tão importante, tão esquecido: o bairro da Misericórdia". Rio de Janeiro : Museu Histórico Nacional, 2016 | HERMANN, Jacqueline. Retrato de D. Sebastião. In: "Histórias do Brasil: 100 objetos do Museu Histórico Nacional (1922-2022)". Rio de Janeiro: MHN, 2022. p. 82-85. | PIMENTEL, Antônio Filipe. Os pintores de D. João V e a invenção do retrato de corte. In: "Revista de História da Arte", n. 5, 2008, p.133-151.
Autoria das fotos
Jaime Acioli