Canhão
Número de registro
15913
Descrição
Culatra plana com cascavel pisciforme, servindo de anel do vergueiro. Na faixa alta da culatra, os números "43-1-1" (marca de peso) inscritos com caracteres antigos. Ouvido rebrocado, com quatro desenhos em forma de estrela a sua volta. Marcas de peso "39+0+29" gravados em caracteres modernos no primeiro reforço. Golfinhos pisciformes no segundo reforço, munhões colocados no centro do canhão (em relação ao eixo da alma). Brasão português no liso da bolada.
Uso naval. Material bronze, cal. 138 mm (20 lb.), Comp. total 358 cm, Larg. 61 cm, comp. 343 cm, Calibres 24.
Denominação
Canhão
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Catálogo Geral do Museu Histórico Nacional (1924)
Local de produção
Data de produção
[156-]
Termos de indexação
ARSENAL DE GUERRA | MARINHA PORTUGUESA | PORTUGAL | REI DOM MANUEL
Largura (cm)
61,00
Comprimento (cm)
358,00
Observações
Este canhão foi de uso em Portugal, como se pode observar pelo brasão existente no liso da bolada (atribuído ao Rei D. Manuel). Isto, porém, não deve ser tomado como um dado definitivo em relação à origem na medida em que Portugal, apesar de fundir bons canhões nos séculos XVI e XVII, também os importava em grande quantidade.
A data atribuída a este objeto resultou do estudo de suas características morfológicas. Esse é um caso muito comum no estudo de armaria, porém este tipo de datação tem que ser encarado com certo cuidado, pois a permanência de características construtivas arcaicas no país de fabricação pode resultar em enganos.
Devido ao cascavel em forma de arco, acredita-se que esta boca de fogo seja de uso naval, já que a tradição diz que o cascavel, neste formato, serve para segurar o vergueiro, um cabo grosso que prendia os canhões navais aos costados dos navios. Esta conjectura é reforçada pelo grande comprimento do objeto - 24 calibres, o que talvez seja devido ao fato de a artilharia naval do período ser carregada por fora das amuradas dos navios, necessitando de canhões mais compridos para tanto.
Segundo informações antigas do MHN, este objeto seria realmente do século XVI, tendo sido usado na defesa costeira. Foi um dos canhões que permaneceu quando da mudança do Arsenal de Guerra para o Caju, sendo incorporado ao acervo do Museu Histórico Nacional.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
BARROSO, Gustavo Dodt. Catálogo geral - 1a seção: archeologia e história. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1924. | CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. Inventário Geral. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1990.
Autoria das fotos
Jaime Acioli