Sino
Número de registro
18173
Descrição
Inscrições: "ISABEL, 1865".
Considerações sobre sinos:
Instrumento metálico de percussão, com formato de taça invertida, que se faz vibrar, batendo sua superfície externa com um martelo ou interna com um badalo.
Tendo sua origem nas pequenas campainhas que, a princípio, eram utilizadas para tirar mau olhado ou, posteriormente, para indicar a localização daqueles que os portavam, os sinos tiveram seu uso generalizado depois de adotados pelo cristianismo nas igrejas latinas, sendo inicialmente utilizados nos mosteiros. Sua função e utilização, as quais passam pelos mais diversos locais, leva-nos a compará-lo a um instrumento de comunicação.
Quanto à tecnologia para sua fabricação, o principal problema encontrado pelos primeiros fabricantes foi quanto à forma de ocar o ferro ou o metal para sua confecção. Inicialmente, eram feitos de chapas de ferro - uma lâmina de ferro que dobrada ou curvada e fechada em um ponto dava a sua forma, semelhante a de um balde. Com o passar do tempo e com a evolução tecnológica, e em função dos sinos utilizados nas igrejas, que deveriam ter o som o melhor possível, esta técnica foi sendo aprimorada. Os primeiros sinos fundidos, utilizando-se de um processo de fabricação diferenciado, foram feitos com moldes em cera perdida. Mais tarde, começaram a ser utilizados dois moldes, um macho e um fêmea, sendo o metal colocado entre os dois. Com o aperfeiçoamento das técnicas de manufatura, foram sendo feitos sinos cada vez maiores e foi através do aprimoramento da técnica de fundição dos sinos que se chegou à fabricação dos canhões.
Denominação
Sino
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 24/1927
Local de produção
Data de produção
1865
Termos de indexação
BATALHA DO PASSO DA PÁTRIA | GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA | GUERRA DO PARAGUAI | JOAQUIM JOSÉ INÁCIO | SEGUNDO REINADO | TRANSPORTE MARÍTIMO
Altura (cm)
37,50
Diâmetro (cm)
30,00
Observações
Transferido do Museu Naval para o MHN em 1927, consta ter sido este sino do navio Transporte Isabel.
O Transporte Isabel foi comprado pela Marinha Brasileira em 1865, na Inglaterra. Suas dimensões e capacidade de máquina eram :
- 249 pés (83,36 metros) de comprimento;
- 30 pés (9,1 metros) de boca (maior largura);
- 260 HP a potência de sua máquina;
- Velocidade de 16 milhas (29,6 km) por hora.
Este navio tomou parte nas ações de desembarque do Exército Brasileiro em operações contra o governo do Paraguai, no Passo da Pátria, além de ter participado de outras operações no mesmo conflito.
Em 15 de setembro de 1869, abalroou e colocou ao fundo o iate Ferreira Primeiro, na altura da Ilha Rasa, barra do Rio de Janeiro. Não constam anotações sobre a data de sua saída de serviço.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | VASCONCELOS, Alberto. Efemérides navais brasileiras. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação Geral da Marinha, 1961.
Autoria das fotos
Jaime Acioli