Bandeira
Número de registro
30189
Descrição
Bandeira em tecido de algodão, na cor vermelha, em formato retangular. Ao centro da bandeira, serigrafado nas duas faces, o símbolo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O símbolo do MST é circular com fundo branco. Contornando as margens internas, apresenta a inscrição em preto: "Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - Brasil". Ao centro do símbolo, figura de um casal de homem e mulher, trabalhadores rurais. O homem ergue um facão com a mão direita. Ao fundo da figura do casal, o mapa do Brasil na cor verde.
Denominação
Bandeira
Autor
Técnica
Material
Forma de aquisição
Referência de aquisição
Processo 01468.000096/94-80
Local de produção
Classe
Data de produção
1994
Termos de indexação
AGRICULTURA FAMILIAR | AMAZÔNIA | CAMPO | COMISSÃO PASTORAL DA TERRA | ÊXODO RURAL | IGREJA CATÓLICA | IGREJA LUTERANA | MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA | MOVIMENTOS SOCIAIS | MST | POLÍTICAS PÚBLICAS | REFORMA AGRÁRIA | REFORMA AGRÁRIA POPULAR | RIO GRANDE DO SUL | SECRETARIA ESTADUAL DO MST-RS
Largura (cm)
94
Comprimento (cm)
126
Observações
A bandeira do MST foi definida como símbolo do movimento após discussões nacionais e aprovação da militância no III Encontro Nacional do MST, em Piracicaba/SP (1987). Nesta mesma ocasião, Pedro Tierra compôs e apresentou o poema intitulado "A bandeira do MST".
As cores e as imagens da bandeira significam:
- Vermelho: o sangue dos trabalhadores e sua luta pela reforma agrária;
- Branco: a paz da justiça social;
- Preto: o luto pelos mortos nessa luta;
- Verde: a esperança por cada latifúndio conquistado;
- Casal de trabalhador e trabalhadora, com o facão erguido: a necessidade da luta ser realizada indiscriminadamente por homens e mulheres e suas famílias;
- Facão: a ferramenta de trabalho, de luta e de resistência, ultrapassa o mapa para indicar o caráter internacionalista do movimento;
- Mapa do Brasil: a luta nacional dos Sem Terra e a necessidade de reforma agrária popular no país.
Esta bandeira, a foice e a enxada foram doadas pelo MST-RS ao MHN, em 1994, para compor o módulo expositivo de longa duração "Expansão, ordem e defesa", que tratava da formação do território nacional desde a Independência até aquele momento. Esses objetos foram expostos em contraposição àqueles oriundos de latifúndios, abordando, assim, as desigualdades quanto à distribuição de terras no país.
Referências expográficas
Exposição "10 objetos: outras histórias", comemorativa dos 100 anos do Museu Histórico Nacional/RJ, de 18 de maio de 2022 a 1º de outubro de 2023 | Exposição de longa duração do MHN "Expansão, ordem e defesa", 1994
Referências bibliográficas
ABREU, George et al. (Org). "10 objetos: outras histórias". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2023. | FERNANDES, Bernardo Mançano; STEDILE, João Pedro. "Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil". São Paulo: Expressão Popular/Fundação Perseu Abramo, 2012. | FERREIRA, Maria De Simone. Bandeira do MST. In: "Histórias do Brasil: 100 objetos do Museu Histórico Nacional (1922-2022)". Rio de Janeiro: MHN, 2022. | MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. “Nossos símbolos”. In: Site Oficial do MST. Disponível em: www.mst.org.br | STEDILE, J.P.; FREI Sérgio. A luta pela terra no Brasil. In: LÖWY, M. O marxismo na América Latina: uma antologia de 1909 aos dias atuais”. São Paulo: Expressão Popular/Fundação Perseu Abramo, 2016. | TIERRA, Pedro. "A bandeira do MST". In: Site Landless Voices. Disponível em: http://landlessvoices.org/vieira/archive-05.php?rd=FLAGOFTH813&ng=p&sc=2&th=16&se=4
Autoria das fotos
Jaime Acioli