Camisa
Número de registro
17156
Descrição
Camisa sem mangas, tipo camisola, branca com decote arredondado.
Denominação
Camisa
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 1/1968
Local de produção
Data de produção
19--
Termos de indexação
Largura (cm)
49,50
Comprimento (cm)
104,00
Observações
Em fichas presentes no dossiê, vindas do Museu de Indumentária de Sophia Jobim Magno de Carvalho, consta que a peça faria conjunto com mais uma peça formando um traje típico regional finlandês de "Kaukolan Kekomäki".
Texto presente nas mesmas fichas:
"Situada no noroeste europeu, a Finlândia forma um istmo entre a península Escandinava e o continente (mais precisamente, a União Soviética).
Limites: Noruega ao norte; União Soviética, norte e leste; golfo da Finlândia e mar Báltico, sul e golfo da Bátnia e Suécia, oeste.
Capital: Helsínqui.
Línguas: sueco e finlandês.
Colonizada por populações indo-europeias, que também se fixaram na Hungria e na Estônia, e, em parte, pelos lapões, a Finlândia sempre foi um joguete nas mãos de russos e suecos. Embora inicialmente conquistada por estes últimos e deles recebendo uma influência constante, o país acabou passando para o domínio dos russos. Primeiro, parte de seu terrtório lhes foi cedida pelos suecos; depois, com as conquistas de Alexandre I (1777-1825), a Finlândia ficou inteiramente nas mãos do czar, que teve sua posse sobre a nação reconhecida pela paz de Hemina (1809). Os finlandeses passaram a ocupar uma posição especial no Império Russo, uma espécie de grão-ducado, no qual o grão-duque era o próprio czar.
A quebra da influência sueca permitiu, entretanto, o despertar de uma cultura finlandesa própria e de uma agitação política inusitada. Quando, no final do século XIX, o governo czarista tentou empreender uma política de russificação do país, viu-se obrigado a retroceder, permitindo a constituição de uma câmara, eleita por sufrágio universal. Realizaram-se as eleições de 1906, nas quais, pela primeira vez na história de humanidade, as mulheres participaram como candidatas.
Nesse parlamento, a grande maioria era composta de social-democratas, o que levou a Rússia czarista, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a tentar reinstaurar uma política repressiva. Entretanto, a Finlândia, aproveitando-se das perturbações da Revolução Russa - o movimento bolchevique de 1917 -, proclamou sua independência total e adotou o regime democrata-parlamentar. Os russos reconheceram essa emancipação apenas em 1920, pelo Tratado de Tartu, que cedeu aos finlandeses uma porção do território superior à atual.
Contudo, a intervenção russa não desapareceu e, em 1939, dentro dos combates da Segunda Guerra Mundial, os soviéticos invadiram a Carélia (região de grande importância estratégica, pois controla a entrada do porto de Leningrado). Após o término da Guerra, o Tratado de Paris (1947) confirmou a perda desse território para a Rússia, acrescido de Petsamo e suas minas de níquel (verdadeira fachada para o oceano Glacia Ártico), e de outras regiões - um total de 43.864 quilômetros quadrados.
Enciclopédia Abril - 1971.
Autoria das fotos
Victor Vasconcellos