Canhão
Número de registro
15489
Descrição
Cascavel com anel do vergueiro justaposto, no padrão Blomefield. No primeiro reforço, os números de peso "16-2-0" e as armas reais de Portugal. No munhão direito, o número "97" e, no esquerdo, as letras "WCo".
Uso naval. Material ferro, cal. 96 mm (6 lb), Comp. total 210 cm, Larg. 53 cm, comp. 190 cm, Calibres 18.
Denominação
Canhão
Autor
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN)
Referência de aquisição
Processo 3/1939
Local de produção
Classe
Data de produção
[1792-1822]
Termos de indexação
Largura (cm)
53,00
Comprimento (cm)
210,00
Observações
De uso português, foi fundido na Inglaterra segundo o padrão Blomefield, adotado entre 1787 e 1792 nas forças armadas inglesas. Este padrão tinha a vantagem de simplificar o desenho dos canhões de ferro e aperfeiçoá-los. Por exemplo, observe-se o anel do vergueiro no cascavel com uma característica comum aos canhões de bronze navais, que só foi possível introduzir nos canhões de ferro após experiências ordenadas por Thomas Blomefield, inspetor de artilharia inglês a partir de 1780, e executadas justamente na fundição de Samuel Walker, que fez este canhão. De 1808 em diante, há poucos registros de canhões do antigo sistema ainda em uso, a maioria tendo sido substituída por peças do padrão sistema Blomefield (ver peça nº 15916).
Um canhão deste calibre (seis libras) provavelmente servia para artilhar uma pequena embarcação ou fortificações, apesar de haver registro de uma entrega de canhões de seis libras para um navio de linha de 74 canhões. Em 1827, as peças de calibre 6 libras deste comprimento já tinham saído de serviço nas forças armadas inglesas, servindo como mais uma demonstração do processo de uso de armamento obsoleto no Brasil.
Um dado a ser corrigido é que os números "16-2-0" não se referem à data, conforme se acreditava antigamente no MHN, mas sim ao peso do canhão: 16 quintais e duas arrobas.
Encontrado na Estação Marítima da Estrada de Ferro Central do Brasil, foi incorporado ao acervo do MHN, em 1939, por iniciativa do Diretor do SPHAN.
Fabricação: fundidor Samuel Walker & Co.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
BROWN, Ruth R. The Woolwich proof registers 1780-1781. London: Royal Armouries, 1988. | CARUANA, Adrian B. The identification of British muzzle loading artillery - part 2, the piece. Canadian Journal of Arms Collecting, v.. 22, nº 1, Feb. 1984. | CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | LAVERY, Brian. Carronades and Blomefield Guns. In: SMITH, Robert D. (ed.) British Naval Armaments. London: Royal Armouries, 1989. | LAVERY, Brian. The arming and fitting of english ships of war; 1600-1815. Annapolis: Naval Institute Press, 1987. | MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. Inventário Geral. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1990.
Autoria das fotos
Jaime Acioli