Travessa
Número de registro
242
Descrição
Peça de forma oval em porcelana branca decorada, nas bordas, com gregas azuis e douradas. No fundo paisagem em reserva oval. Na tampa duas reservas ovais acomodam duas paisagens. Borda lisa ornamentada com gregas azuis e douradas entre frisos. No fundo cena com cinco figuras orientais. Ao centro mulher sentada com mão elevada à altura da cabeça; a sua frente estão mesa, árvore e figura humana segurando espada. Lado esquerdo: homem apoiado em cavalo branco e criança sentada no chão. Lado direito: homem sentado com braço apoiado em elevação de pedra. Ao fundo rio, pedaço de terra, flores e montanhas. Tampa com a decoração da borda e as duas reservas ovais com as mesmas características da travessa.
Denominação
Travessa
Material
Forma de aquisição
Local de produção
Data de produção
[1801/1850]
Termos de indexação
BRASIL REINO | CENA CAMPESTRE | COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS | D JOÃO VI | DOM JOÃO VI | SERVIÇO DOS CORREIOS
Altura (cm)
13,00
Largura (cm)
30,70
Comprimento (cm)
37,50
Observações
Esta peça está como terrina no catálogo da exposição "A carreira das Índias...".
Peça fabricada em Jingdezhen e decorada em Cantão (dados retirados do catálogo da exposição "A carreira das Índias...", baseado em pesquisa de Ricardo Jopert.
Os serviços dos Pavões, dos Galos e do Pastor já pertenciam à Casa Portuguesa antes da transmigração da Família Real. Os dos Correios e das Corças foram encomendados depois da chegada ao Brasil. Esta peça, como outras, é exemplo da chamada porcelana da Companhia das Índias, fabricada na China por encomenda e embarcada apenas nos navios das múltiplas "Companhias das Índias", empresas que faziam o intercâmbio comercial entre Oriente e Ocidente nos séculos XVII e XVIII, principalmente. A forma dessa travessa é européia. Sua decoração tem apenas detalhes europeus mas todo o tema é chinês, o que torna o Serviço dos Correios um raro exemple de intercâmbio cultural Ocidente-Oriente.
A longevidade é representada pelo pinheiro retorcido, enquanto uma bela jovem contempla-se num espelho. As duas figuras masculinas, representando o velho e o moço, formam opostos em equilíbrio. O nome desse serviço foi tirado da figura apoiada num cavalo em que alforjes podem ser vistos: seria um mensageiro (informações tiradas de fichas anteriores)