Os abebês são peças indispensáveis nas roupas cerimoniais, sendo emblema marcante e identificador de Oxum e Iemanjá. De acordo com Raul Lody (2005), no livro "O negro no museu brasileiro: construindo identidades": "Abebê é objeto iorubá [. . . ] constituindo-se num emblema das iás, que são as mães ancestres, divindades das águas, relacionadas com a vida e a morte. Seu formato redondo remete à anatomia da mulher com seios, nádegas e barriga com especial referência à cabaça-útero, fortemente ligada à ancestralidade da gênese do mundo e da humanidade" (p. 171 e 172). Os abebês têm seu formato próximo a de um leque e também podem ser interpretados como objetos emissores de sons "instrumento musical não formal - quando exibem elementos complementares, como guizos, pendentifs em latão, búzios, entre outros" (p. 174).