Blusa
Número de registro
17567
Descrição
Em algodão bege com mangas compridas e largas bordadas em linha de seda formando motivos fitomórficos e geométricos coloridos. Tem abertura no peito, abotoado por 4 botões e seguido por pregas.
Denominação
Blusa
Técnica
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 1/1968
Local de produção
Data de produção
[19--]
Termos de indexação
COLEÇÃO SOPHIA JOBIM | INDUMENTÁRIA CIVIL | INDUMENTÁRIA MASCULINA
Largura (cm)
63,00
Comprimento (cm)
72,00
Observações
Traje de dançarino de Mezőkövesd, Hungria.
Informações das fichas do Museu de Indumentária de Sophia Jobim Magno de Carvalho, presentes no dossiê:
"Localização geográfica: Europa central.
Limites: Tchecoslováquia ao norte, URSS ao nordeste, Romênia a leste, Iugoslávia ao sul e Aústria ao oeste.
Capital: Budapeste.
Idioma: magiar (falado por 95% da população) e dialetos.
A Hungria é uma república popular baseada constitucionalmente no modelo soviético. Não há oposição parlamentar, uma vez que os antigos partidos políticos foram dissolvidos ou absorvidos por um único: o Partido Socialista do Trabalhadores [PC húngaro], cujo Comitê Central legisla, recomenda transformações, controla a receita nacional e emite resoluções que prevêem medidas legislativas e executivas.
Bibl. Enciclopédia Abril, pág. 2409, VI vol. Abril Cultural, 1972."
"Os séculos deixaram marcas profundas na Hungria. As guerras sucessivas e os acrdos internacionais influiram decisivamente nas delimitações de suas fronteiras. Apesar das mudanças, sempre ficou como principal característica a planície, parte da antiga Panônia, na bacia mediana do Danúbio. A Hungria é um dos principais núcleos não eslavos na Europa Central. Os hungaros, também conhecidos como magiares, descendem de nômades asiáticos que se instalaram na planície danubiana no século IX de nossa era, pois nela encontraram ambiente análogo ao de seu país de origem: as estepes da Ásia Central. Somente Tibério conseguiu subjugar a Panônia conquistada, foi feita província romana e aí a província latina construiu pontes, caminhos e calçamentos. No séc. IX, os hungaros se precipitaram sob a Panônia, conquistaram-na e fundaram aí o Império da Grande Morávia. Seu domínio, foi efêmero. Pelo ano de 895, Arpad, chefe dos magiares, venceu Svatopluk, princípe eslavo, e firmou sua posição de donos da Panônia. Seu filho e sucessor, Seza, recebeu o nome de Estêvão ao bartizar-se e que depois foi Santo Estêvão por canonização popular e reconhecida pela Igreja. Foi ele o monarca que estruturou a Hungria e converteu o país ao cristianismo ocidental e latino. Extinta a dinastia, segue-se um período de sucessão de reis de várias casas do Ocidente. Foi uma época de lutas contra vários usurpadores e sobretudo contra esse pesadelo dos hungaros: os turcos. Os heróis e caudilhos foram surgindo através dos séculos. A Hungria caiu em poder dos otomanos, mas foi reconquistada em 1523. A divisão do país e a introdução do protestantismo criaram uma época confusa. Finalmente, em 1687, na Dieta de Bratislava, a coroa hungara passou para os Habsburgo, que não souberam dirigir o país ou, pelo menos, não o compreenderam. Adotaram uma política anti-hungara e germanizante, acabando por exarcebar os patriotas que, sob o comando de Lajos Kossuth, se rebelaram em 1849. Foram vencidos, com a ajuda da Rússia, mas sempre ficou o rancor mútuo em revoltas contínuas assolaram a planície. Francisco José pôs fim a situação por meio de um acordo, assinado em 1861, pelo qual chegou-se a certa estabilidade. A Primeira Guerra Mundial teve consequências funestas para a Hungria, do mesmo modo que para a Aústria. Em 1918, Károly declarou a independência do país. Em 1927, é assinado em Roma um pacto de amizade com a Itália pretendendo sair não só do isolamento em virtude do sua posição territorial como da condição permanente de nação vencida. Consegue reaver os territórios que tinha perdido, mas a maioria dos acordos que teve de assinar a ligaram demais ao regime de Adolf Hitler. Em consequência de sua fiel solidariedade, sofreu invasões das tropas alemãs, russas e iugoslavas. Em 1945, o governo estabelecido em Debrecen assinou o armistício com os aliados. Em abril as autoridades sediam-se em Budapeste. No ano seguinte é proclamada a República. Depois da assinatura do tratado de paz com os aliados (1947) houve a retiradas das tropas de ocupação, menos as tropas russas. Paulatinamente, a Hungria vai-se convertendo num satélite de Moscou, sob o protesto dos potências ocidentais. Em 1949 o Estado adotou uma forma de governo mais ou menos sobre as bases do governo soviético. Em 1956 eclode a revolta em Budapeste, formando-se grupos rebeldes que exigem a volta ao poder dos antigos dirigentes. Mas, Budapeste foi ocupada pelos soviéticos e a revolução foi vencida.
Budapeste, capital da Hungria é formada por duas cidades, Buda e Peste, situadas às margens do Danúbio. Buda foi proclamada capital do reino da Hungria desde 1361 enquanto sua vizinha, instalada na margem esquerda do grande rio era apenas cidade comercial de grande movimento. No século XVII as duas cidades que já eram ligadas por pontes, uniram-se também administrativamente, formando uma só cidade e juntando seus nomes.
Georama. Enciclopédia geográfica. Fasc. 11. Editorial Codex. Buenos Aires. 1967."
Referências bibliográficas
Autoria das fotos
Victor Vasconcellos