Cetro do Divino Espírito Santo
Número de registro
16896
Descrição
Cetro em forma cilíndrica. Parte inferior se afunila na extremidade com pino envolto em arame retorcido e, acima, decoração incisa com motivos florais. Na parte central, ladeada por decoração burilada e de motivos curvilíneos, sem acompanhar a maior medida da circunferência do cetro, anéis curvilíneos. Na parte superior, decoração do mesmo tipo da central, encimada por cone sem decoração.
Consta ter sido usado nas folias do Divino em Alcântara/MA.
Denominação
Cetro do Divino Espírito Santo
Faz conjunto ou par com produção
Denominação
Coroa do Divino Espírito Santo
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Processo 01/1953
Local de produção
Classe
Data de produção
[16--]
Termos de indexação
ALCÂNTARA | BRASIL COLÔNIA | DIÁSPORA AFRICANA | DIVINO ESPÍRITO SANTO | ESCRAVIZADOS | FESTAS RELIGIOSAS | MARANHÃO | NEGROS | SINCRETISMO RELIGIOSO
Altura (cm)
41,00
Largura (cm)
12,30
Observações
De acordo com o Dicionário Delta Larousse: Festa do Divino - festa religiosa portuguesa instituída nos primeiros anos do século XIV, pela Rainha Isabel, esposa de Dom Dinis. Esta celebração é realizada em algumas regiões de Portugal e do Brasil, onde chegou no século XVI.
Em honra ao Espírito Santo, começa com a folia do Divino, terminando na festa, propriamente dita, 50 dias após o domingo de Páscoa. A folia constitui-se de grupos de pessoas que se reúnem com a finalidade de pedir donativos para organizar a Festa do Divino Espírito Santo. Esses grupos são formados por músicos e cantores (mestre e contramestre, tocadores de viola, contralto, com a caixa, triângulo ou pandeiro) e, quando, em zona rural, têm ainda um cargueireiro, que conduz um burro com as cangalhas, nas quais estão as roupas dos foliões e o dinheiro recebido. Cantam, de acordo com as ofertas, meia quadra ou duas quadras completas. Percorrem sítios, fazendas e vilas, preparando-se para a festa. Na festa é escolhido o Imperador do Divino, adulto ou criança, que se veste como um rei. A festa, com muitas barraquinhas, consta de missa cantada, procissão e leilão de prendas. As festas e folias do Divino permanecem em muitos estados brasileiros, principalmente, no Nordeste, em Minas Gerais, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás.
Referências expográficas
Exposição de longa duração "Entre mundos", Museu Histórico Nacional, 2010
Referências bibliográficas
LODY, Raul. "O negro no museu brasileiro: construindo identidades". Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. | MAGALHÃES, Aline Montenegro. Da diáspora africana no Museu Histórico Nacional: um estudo sobre as exposições entre 1980 e 2020. In: "Anais do Museu Paulista", São Paulo, v. 30, p. 1-29, 2022. | MAGALHÃES, Aline; AZEVEDO, E.; CASTRO, F.; SANTANA, S. Notas sobre a Diáspora Africana na exposição e nas ações educativas do Museu Histórico Nacional. In: "Anais do MHN", v.51, p.44-64, 2019. | VIANNA, Marfa. O negro no Museu Histórico Nacional. In: "Anais do MHN", v. VIII, 1947, p. 82-99.
Autoria das fotos
Jaime Acioli