Demarcador
Número de registro
6299
Descrição
Demarcador, de forma retangular com finalização piramidal, em granito, possui as inscrições, em relevo, na base: "1869/ 14 DE/ MARÇO" e, ao centro, o brasão do Império do Brasil.
Denominação
Demarcador
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Catálogo Geral do Museu Histórico Nacional (1924)
Local de produção
Data de produção
1869
Termos de indexação
ARMAS DO IMPÉRIO | BRASIL IMPÉRIO | DOM JOÃO VI | DOM PEDRO I | DOM PEDRO II | FAMÍLIA IMPERIAL | FAZENDA SANTA CRUZ | ITAGUAÍ | JESUÍTAS | MARQUESA DE SANTOS | MATADOURO MUNICIPAL | PRIMEIRO E SEGUNDO REINADO | RIO DE JANEIRO | SANTA CRUZ
Altura (cm)
136,00
Largura (cm)
53,00
Observações
Proveniente do Arquivo Nacional, este demarcador traz a data da primeira triangulação (medição) dos terrenos da Fazenda Santa Cruz. No século XX, estava abandonado nos terrenos de um sítio de propriedade particular, sendo posteriormente recolhido ao MHN.
Fazenda Santa Cruz - considerações:
Os primeiros a solicitar terra em sesmaria no Rio de Janeiro foram os jesuítas, ainda no ano de fundação da cidade. Dentre as terras por eles requisitadas, na atual zona rural do Rio de Janeiro, está a área da Fazenda Santa Cruz. Aumentada por compra e doações, a fazenda atingiu grandes proporções, chegando até Vassouras, e nelas foi fundada a aldeia dos Índios de Itaguaí, hoje cidade fluminense.
Quando foram expropriados os bens da Companhia de Jesus pela Metrópole, em 1759 (ver peça nº 6292), a Fazenda Santa Cruz, bem como outros bens dos jesuítas, não foi posta em leilão, ficando para o Estado e sendo transformada por D. João VI em Fazenda Real. Seu filho, D. Pedro I, também se utilizava da fazenda em suas férias, quase sempre em companhia da Marquesa de Santos, aproveitando-se do fato de ficar o "Engenho da Paciência", de propriedade da Marquesa, na estrada que levava a Santa Cruz.
No Segundo Reinado, a Fazenda entra em decadência, pois o imperador não a visitava mais. As obras dos jesuítas foram abandonadas e suas planícies alagadas. Não sofreu maiores danos por ser arrendada a particulares. Em 1881, foi instalado nesta região o matadouro municipal e, no ano seguinte, os trens da Central do Brasil chegavam ali.
As terras da Fazenda deram origem ao bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
BARROSO, Gustavo Dodt. Catálogo geral - 1a seção: archeologia e história. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1924. | CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021.
Autoria das fotos
Jaime Acioli