Placa comemorativa
Número de registro
18174
Descrição
Inscrições: "9 DE NOVEMBRO DE 1886/ VISITA DE/ SS.MM.II,/ DO EXMO M.A.C.O.P./ CNSO. ANTONIO PRADO./ E DO PRESIDENTE/ BARÃO DO PARNAHYBA./ YPANEMA.".
Denominação
Placa comemorativa
Autor
Técnica
Material
Forma de aquisição
Fonte de aquisição
Referência de aquisição
Catálogo Geral do Museu Histórico Nacional (1924)
Local de produção
Data de produção
1886
Termos de indexação
DOM PEDRO II | FAMÍLIA IMPERIAL | FUNDIÇÃO IPANEMA | IMPERATRIZ TERESA CRISTINA | REAL FÁBRICA DE FERRO SÃO JOÃO DO IPANEMA | SÃO PAULO | SOROCABA
Altura (cm)
71,00
Largura (cm)
71,00
Observações
Placa comemorativa da visita de D. Pedro II e da Imperatriz D. Tereza Cristina à Fábrica de Ferro São João do Ipanema, acompanhados pelos Ministro da Agricultura Comércio e Obras Públicas (MACOP) - Conselheiro Antonio Prado - e pelo Presidente da Província de São Paulo - Barão de Parnaíba, em 9 de novembro de 1886.
Fábrica de Ferro Ipanema - considerações:
A fundição de metais sempre foi restringida por atos oficiais no Brasil colonial, dentro do princípio do "pacto colonial", no qual a Metrópole ficaria encarregada de fornecer bens industrializados em troca de produtos primários.
Somente no período Pombalino o trabalho com metais foi permitido, com a abertura de uma siderurgia particular na região de Sorocaba, e com a criação dos Arsenais de Marinha e de Guerra. À guisa de exemplo da liberação da fabricação de produtos fundidos, podemos mencionar as esculturas de Mestre Valentim, fundidas no Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, no atual prédio do MHN. No entanto, deve-se ressaltar que as iniciativas privadas logo foram restringidas com o Alvará de D. Maria I, de 1785, que proibia a instalação de industrias manufatureiras no país.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, a política de reserva de mercado foi abolida e uma série de fábricas, arsenais e estaleiros foram estabelecidos. Uma destas unidades manufatureiras foi a Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, criada por Carta Régia, de 4 de dezembro de 1810.
Esta siderurgia foi a primeira a empregar no Brasil a tecnologia de "alto forno", na qual se obtém o metal liquefeito, próprio para a produção de artigos de ferro fundido, tais como balas de canhão, lingotes, etc.. Apesar de sua capacidade técnica e exclusividade no país, a Fundição de Ipanema não teve uma história estável, sofrendo oscilações na produção. Sua importância decaiu ao longo do século XIX, apesar dos constantes investimentos nela feitos.
Um destes investimentos, talvez o último, foi a construção de novas oficinas, inauguradas em 9 de novembro de 1886, com a presença do Imperador e de sua esposa, evento comemorado com a placa de ferro fundido que hoje se encontra no Pátio Epitácio Pessoa do MHN.
Em 1895, a Fábrica de Ferro de Ipanema foi definitivamente desativada.
Referências expográficas
Referências bibliográficas
CASTRO, Adler; ANDRADA, Ruth Beatriz. O pátio Epitácio Pessoa: seu histórico e acervo. Rio de Janeiro: MHN, 1992. | Catálogo "Pátio Epitácio Pessoa: entre pedras, canhões e arcadas". Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2021. | NOVAIS, Fernando Antonio. Portugal e o Brasil na crise do antigo sistema colonial, 1777-1808. São Paulo: HUCITEC, 1976. | SILVA, Edmundo Macedo Soares e. O Ferro na história e na economia do Brasil. Rio de Janeiro: Comissão Executiva Central do Sesquicentenário da Independência do Brasil, 1972. | WINZ, Antonio Pimentel. História da Casa do Trem. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 1962.
Autoria das fotos
Jaime Acioli