Pintura histórica (estudo)

Observações

Nas palavras Moema de Bacelar Alves (2022, p. 183), este estudo é um "testemunho da ideia original da tela que ficou por terminar, ao se tornar parte do acervo [do MHN], o estudo para a 'Coroação de D. Pedro II' proporciona forma, cor e contorno ao acontecimento da sagração e coroação do segundo e último imperador do Brasil, tornando-se referência para a cultura visual sobre a nação."
A solenidade de sagração e coroação de Pedro II foi organizada pelo Conselheiro Paulo Barbosa da Silva, mordomo da Casa Imperial, e pelo artista Manuel de Araújo Porto Alegre. O artista ficou responsável pelo desenho das roupas do monarca, e projetou dois monumentos provisórios (arco do triunfo e varanda). O "templo da coração" separava os Pavilhões do Amazonas e do Prata, ricamente decorados com referências a fatos e personagens da história política do Brasil. Já o trono ficava ao fim de uma escada.
Após a coroação, o mordomo encomenda a Araújo Porto Alegre uma tela grandiosa como registro do momento para decorar o Paço da Cidade (atual Paço Imperial), não chegando esta a ser terminada por questões de ordem prática. Em 1907, a tela foi enviada para a Escola Nacional de Belas Artes e, em 1913, transferida dos porões da ENBA para o IHGB. Em 1974, Pedro Calmon, presidente do IHGB, solicita ao MHN a restauração da tela, que a partir de então passa a ocupar o Salão Nobre do instituto (ALVES, 2022).
O estudo, assim que adquirido pelo MHN em 1958, foi alocado no gabinete do então diretor Gustavo Barroso.